sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Carta de despedida - Chevrolet opala.

"Pois é, gente boa, vejam só a minha hora também chegou. Está terminando essa longa e bonita viagem ao lado de vocês, iniciada a quase 24 anos. Por isso, puxarei pela memória para falar um pouco sobre mim, do que fiz e o que fui durante todo esse tempo."

Em 1963, a GMB fabricava apenas caminhões e camionetas, e iniciou estudos para produzir um automóvel de passeio. O Brasil era então um país de mercado em expansão, com uma ainda recém-nascida indústria automobilística. Depois de muita conversa e troca de idéias, decidiram que eu seria baseado no Rekord, um modelo médio fabricado na Opel da Alemanha. O projeto 676 teve inicio em 1966. Durante mais de dois anos, fui desenvolvido e duramente testado. Minha campanha publicitária foi marcada por muito suspense. Vocês ainda lembram do craque Rivelino falando de mim sem citar o meu nome? Fiz a minha estréia oficial ao público no dia 19 de novembro de 1968, e fui vedete no VI salão de do automóvel, na mesma época.
Eu tinha quatro portas, lugar para seis pessoas, e podia ser comprado em duas versões de acabamento (Standard e De Luxo), e duas de motorização: quatro cilindros (2.500cc) ou seis cilindros (3.800cc). Fui bem recebido pelo mercado, e era considerado moderno para os padrões daquele tempo. Dois anos depois, comecei a receber retoques na fachada, mudanças de acabamento e outras versões. Em 1971, chamaram-me de SS e adquiri um porte mais atlético: faixas na pintura, rodas esportivas, motor de 4.100cc e câmbio de quatro marchas no assoalho. Em setembro daquele mesmo ano, fui lançado com carroceria de duas portas, atendendo à uma preferência do público. Era um elegante cupê sem coluna, com traseira "fastback". Em 73, mudaram de novo minha grade dianteira e outros detalhes. Nos modelos 74, os motores foram redimensionados, e denominados de 151 (quatro cilindros) e 250 (seis cilindros). Em 1975, mudei bastante a frente e traseira, e ganhei uma derivada: a perua Caravan. Surgi também na versão Comodoro, ficando com ares de quem usa terno e gravata.
Nos anos seguintes, mudei pouco. A Caravan recebeu em 1978 a versão SS, e ainda lembro o que dizia a propaganda: "leve tudo na esportiva". Aos dez anos de vida, já sentia que tinha um público fiel, que confiava em mim de olhos fechados. Sabiam que dificilmente iria deixa-los na mão. Concorrentes no mercado? Tive sim. E vários. Todos, porém, viveram bem menos que eu: Maverick, Del Rey e Santana, para citar apenas alguns exemplos.
Em 1980, fiquei mais moderno com faróis retangulares e lanternas envolventes. E todo cheio de poses quando me encheram de luxo e sofisticação, e fui chamado de Diplomata. A partir daí, passei a olhar para o Ford Landau sem complexo de inferioridade. Nos modelos 81, meu painel de instrumentos e volantes foram totalmente redesenhados. Quando o Landau saiu de linha, no início de 1983, tornei-me o mais desejado pelos "colunáveis". Acho que foi por isso que desde então a GM investiu mais em mim, de modo a ficar compátivel com esse mercado de elite.
Para 1985, mudei um pouco novamente tendo ficado mais luxuoso e confortável. Na versão Diplomata, já era preferido pelos executivos e políticos. Mas, Comodoro ou simplesmente Opala, eu também não fazia feio. E aquele pessoal tradicional ali, sempre comigo. Dizia que "automóvel era o Opala". Nos modelos 88, outra plástica. Desta vez, acharam que fiquei com cara do Monza. Não faz mal, estava tudo em família. Completaria então 20 anos, e muitos já demostravam espanto com a minha idade. Por uma virada nos níveis de vendas deixaram de me produzir com duas portas. O brasileiro passara a preferir quatro portas. Já era veterano, mas tinha espírito jovem.
Na linha 91, mudaram um pouco minha cara e outros detalhes. Ganhei pára-choques integrados à carroceria, grade reestilizada e, quando Diplomata, freios a disco nas quatro rodas e direção hidráulica eletrônica. Mas confesso que ficava preocupado com os comentários a meu respeito. Que eu não iria muito longe, que havia esgotado minhas possibilidades de projeto e outro mais. Quando ouvi o pessoal da fábrica falar sobre isso baixinho (só porque eu estava por perto), senti que era verdade. Foi um golpe duro. Em breve, eu teria o mesmo destino do Fusca, Corcel, Galaxie, Alfa Romeu e de tantos outros que conheci na juventude.
No início deste ano, notava que os mais chegados tinham no rosto uma expressão de tristeza quando olhavam fundo, cara a cara. Em abril, alguém lá de São Caetano disse que eu chegaria à milionésima unidade. Que ironia do destino: logo soube que seria a última. A gente sempre pensa que ainda è cedo, que poderia ficar mais um pouco, mas a final, esse momento difícil chegou mesmo. Agradeço a todos vocês que me construíram, compraram e me trataram com tanto carinho ao longo desses mais de 23 anos. Peço que desculpem minhas falhas, e se não agradei por um ou outro motivo.
Estou profundamente emocionado, bastante, mas parto com a consciência tranqüila do dever cumprido. Gostaria de poder revê-los todos algum dia, talvez num lugar muito distante deste. Encerro por aqui, pois os meus faróis já estão cheios de lágrimas. Vou embora mas entro para história. Adeus.

Chevrolet Opala 19/11/1968 - 16/04/1992
Talvez muitos já tenham lido este texto, porém pra min é novidade, achei por ai e quis compartilhar com Vocês.
Abraços!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Regulagens- Carburadores Brosol

REGULAGEM DAS ABERTURAS "a" DA BORBOLETA DO AFOGADOR APÓS PARTIDA NOS CARBURADORES 2ECE/3ECE ÁLCOOL




(A) Inicialmente, confirmar que a borboleta do afogador (2) fecha totalmente.

(B) A regulagem do afogador deverá ser feita após a montagem do conjunto completo do afogador automático

(C) Aplicar no tubo de ligação "A" uma depressão de 40 cmHG.

(D) Com o pino (5) encostado na haste na direção da seta, a borboleta do afogador deverá abrir-se permitindo a passagem dos calibradores (pinos cilíndricos) na abertura "a".
Caso isso não ocorra, regule no parafuso (3).

REGULAGEM DA ABERTURA PNEUMÁTICA DA BORBOLETA DO AFOGADORAPÓS PARTIDA (EXCETO CARBURADORES 2E7/3E)

As figuras abaixo indicam a posição em que deve ser colocado o pino cilíndrico da regulagem da abertura do afogador.


GRAVAÇÕES COM FINAIS "2" e "7" EM CALIBRADORES
Os gicleurs ou calibradores Brosol têm medidas que são espaçadas sempre de 2,5 em 2,5.

REGULAGEM DAS ABERTURAS DA BORBOLETA DO AFOGADOR APÓS PARTIDA NOS CARBURADORES 2E7/3E


- Abertura ou posicionamento pneumático
(A) Acionar a alavanca do afogador (1) de modo que a borboleta (2) fique fechada (Fig I).

(B) Girar o parafuso com pino excêntrico (5) de modo que o pino fique para baixo (Fig. II).

(C) Aplicar no tubo de ligação "A" uma depressão de 40 cmHG. A borboleta do afogador deverá abrir-se, permitindo a passagem dos calibradores (pinos cilíndricos) na abertura "a1" (Fig. I); caso a abertura não ocorra, regule no parafuso (3) conforme tabela.

- Abertura ou posicionamento mecânico
(D) Acionar a alavanca do afogador (1) de modo que a trava deslizante (6) da alavanca de acelerador fique situada no seu rebaixo (Fig II). Na alavanca que não houver rebaixo, após acioná-la totalmente, retorne 9mm.

(E) Aplicar no tubo de ligação "A" uma depressão de 40 cmHG. A borboleta do afogador deverá abrir-se, permitindo a passagem dos calibradores (pinos cilíndricos) na abertura "a" (Fig. II); caso a abertura não ocorra, regule no parafuso (5) conforme tabela.

REGULAGEM DAS ABERTURAS DA BORBOLETA DO AFOGADOR APÓS PARTIDA NOS CARBURADORES 2E7/3E

- Abertura ou posicionamento pneumático
(A) Acionar a alavanca do afogador (1) de modo que a trava deslizante do acelerador (6) fique situada no seu rebaixo (Fig. II). Na alavanca que não houver rebaixo, após acioná-la totalmente, retorne a mesma 9mm.

(B) Girar o parafuso com pino excêntrico (5) de modo que o pino fique para baixo (Fig. II).

(C) Aplicar no tubo de ligação "A" uma depressão de 40 cmHG. A borboleta do afogador deverá abrir-se, permitindo a passagem dos calibradores (pinos cilíndricos) na abertura "a" (Fig. II); caso a abertura não ocorra, regule no parafuso (3) conforme tabela.


- Abertura ou posicionamento mecânico
(D) Acionar a alavanca do afogador (1) totalmente de modo que a borboleta (2) fique fechada (Fig I).

(E) Aplicar no tubo de ligação "A" uma depressão de 40 cmHG. A borboleta do afogador deverá abrir-se, permitindo a passagem dos calibradores (pinos cilíndricos) na abertura "a1" (Fig. I); caso a abertura não ocorra, regule no parafuso (5) conforme tabela.

(F) Verifique que após a regulagem, o pino excêntrico do parafuso (5) fique próximo à posição demonstrada pela figura I.


REGULAGEM DO CURSO MORTO DA BOMBA DE ACELERAÇÃO NOS CARBURADORES BROSOL H-35-ALFA-1

Os carburadores em questão devem apresentar no início da abertura da borboleta do acelerador um ligeiro curso morto proposital. Objetivo disso é otimizar a dirigibilidade do veículo nas pequenas aberturas de borboleta.
Para regular de forma correta o mecanismo da bomba de aceleração, proporcionando o curso morto adequado, siga as instruções abaixo:


v Carburador 60.505
1- Com a abertura fixa regulada, abra a borboleta do acelerador até existir uma folga de
5,0 ± 0,1 mm entre o parafuso de regulagem e o seu batente (fig.1).

2- Posicione o pino da alavanca de acionamento existente na tampa da bomba de aceleração de forma que fique no início da rampa do came plástico no eixo da borboleta aceleradora (fig. 2).

3- Finalmente, aperte a porca de fixação travando o pino nesta posição.


v Carburador 160.521

1- Encoste o parafuso de regulagem de rotação de marcha lenta no batente e faça toda a operação descrita acima, usando 3,5 ± 0,1 mm de folga entre o parafuso e seu batente.


AMORTECEDOR DE FECHAMENTO DA BORBOLETA- DASH-POT




O Governo Federal, visando proteger o meio ambiente, criou, através da CETESB, o PROCONVE (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores).

O PROCONVE estabelece limites de emissão dos gases de escape que são nocivos à saúde: CO (monóxido de carbono), HC (hidrocarbonetos) e NOx (óxido de nitrogênio).

Para enquadrar-se nos limites estabelecidos, a Indústria Automobilística precisou acrescentar em seus motores alguns dispositivos anti-poluentes.

Entre esses dispositivos, foi desenvolvido o amortecedor pneumático (DASH-POT), que tem como finalidade retardar o fechamento da borboleta do acelerador do carburador em alguns segundos, proporcionando, assim, redução de HC (hidrocarbonetos) em até 20%.

Para que esse dispositivo cumpra sua função, precisa estar corretamente regulado, conforme instruções abaixo:

1- Solte a porca-trava e em seguida gire o Dash-pot até afastá-lo da alavanca de comando.
2- Certifique-se que o cabo do acelerador está corretamente regulado. Verifique se a alavanca do acelerador está dando batente no parafuso de regulagem da abertura da borboleta.
3- Regule a marcha lenta, conforme especificações do fabricante (lacre o parafuso de mistura).
4- Gire o dash-pot até encostá-lo na alavanca de comando, dando, em seguida, o número de voltas especificado em nossa tabela.

- OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

O dash-pot devidamente regulado, poderá causar ao usuário, em certas condições, uma sensação de que o acelerador está enroscando, portanto, conscientize-o a adaptar-se a essa nova condição de dirigir, pois estará contribuindo para a melhoria do ar que respiramos.

AJUSTE DO ALVO DO JATO
Segue abaixo onde o tubo injetor deverá direcionar o jato de combustível injetado
nos carburadores.



:: Discriminação dos componentes


1- Carburadores com 2 válvulas eletromagnéticas de 2 vias
2- Carburadores com 1 válvula eletromagnética de 2 vias (ar condicionado) e com 1 válvula mecânica de 2 vias (retardo de abertura do 2o corpo)
3- Carburadores com 1 válvula eletromagnética de 3 vias (ar condicionado) e uma válvula mecânica de 2 vias (retardo de abertura do 2o corpo)
4- Carburadores com 1 válvula eletromagnética de 2 vias (retardo de abertura do 2o corpo)
5- Carburadores com 1 válvula mecânica de 2 vias (retardo de abertura do 2o corpo)
6- Carburadores com 1 válvula mecânica de 2 vias (retardo de abertura do 2o corpo)
7- Carburadores com válvula eletromagnética de 3 vias (ar condicionado)
8- Dispositivo pneumático para a abertura do 2o corpo (carburadores gasolina)
9- Ligações comuns a todos os carburadores

:: Esquemas para montagem de mangueiras dos carburadores










Por: Christian Anton

Fonte: Opala.com

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mais uma história Opalística, Jhonny R.

Dessa vez vamos contar a história do Opala do nosso amigo Jhonny, de Jaraguá do Sul, não não, não é mais um triste fim de um Opala mas sim uma nova vida que o Opala Especial, Ano 1974, 2 Portas está ganhando.

"Depois de meses de procura por um Opala que me agradasse, depois de ver desde Opala 1970 até Diplomatas 1992, encontrei esse Opala Especial ano 1974, motor 4 cilindros, primeiro ano que saiu com o motor 151........Foi assim:
Certa noite meu tio ligou para falar com meu pai e perguntou se eu já tinha comprado o Opala, e me contou desse Opala azul, que estava em um rancho de um sitio vizinho ao dele, lugar afastado da cidade, um “fim de mundo”...disse que o carro estava em uma situação péssima, mais mesmo assim no dia seguinte meu pai e eu fomos ver, chegando lá o Opala estava cheio de merda de pato, dentro de um rancho....e realmente estava em péssima situação, o senhor que me vendeu disse que pegou o carro de um rapaz que estava morando de aluguel em sua casa e ficou devendo alguns meses, ele nos contou que o cara era bandido, ia com a família nos supermercados e lojas e comprava coisas com cheque sem fundo até encher o carro, roubava coisas pela vizinhança e estava sempre fugindo, inclusive a bateria que estava no Opala quando ele o pegou era roubada do carro de um vizinho, e ele teve que devolver.
Trouxemos o carro pra casa de guincho, pelo caminho eu ia olhando a cara das pessoas quando passamos com ele pelo meio do centro da cidade e ia ficando cada vez mais feliz, uns com aquela cara de “Nossa esse carro é do meu tempo.....muito bonito” e outros com cara de quem pensou: “quem será que é o louco que comprou isso ai!?”.
Logo que chegamos em casa, eu o lavei e comecei a desmontar seu interior.....o motor não funcionou, pois a bateria que colocamos estava fraca, colocamos a bateria do carro do meu pai e tentamos de tudo, não pegava, o motor de arranque estava com problemas, mandamos arrumar mais não tentamos mais ligá-lo, pois poderia acarretar em problemas maiores, pois a parte elétrica estava muito comprometida, e seria necessária uma revisão na mecânica antes.
O carro foi todo desmontado por mim mesmo, e pelo mecânico de minha confiança, que foi quem tirou o motor, a caixa, carda, diferencial e suspensão, levamos o Opala a um latoeiro com o preço e a qualidade que procurávamos, o carro foi pra lá apenas com o necessário para ser guinchado, as peças restantes ficaram comigo e já foram concertadas, revisadas, pintadas, e lubrificadas e no momento estão todas guardadas esperando o dia do retorno do Opala para serem re-colocadas.
O mais engraçado é que compramos esse carro por teimosia do meu pai, ele não queria que eu comprasse Opala de jeito nenhum, mais como dizem, “não pode com ele, junte-se a ele.”, foi o que ele fez, procuramos Opalas de todo tipo, um melhor que o outro, e meu pai quis comprar logo o pior que achamos, pois sairia mais barato e ele achava que com o trabalho e custo que eu teria pra restaurar eu iria desistir dos Opalas, daí ele venderia o Opala pro ferro velho e ficaria no zero a zero, engano dele, gastei todo o dinheiro que me restou da venda do meu primeiro carro, um Gol 1990, em peças pro Opala, e continuo me dedicando tanto, invisto tanto tempo e dinheiro que meu pai já chegou ao ponto de me oferecer um carro novo pra eu desistir desse Opala, mais sou Opaleiro e não desisto nunca.
Por isso sempre digo: “Se arrependimento matasse hoje eu seria órfão de pai e mãe.”

Como conheci e comecei a gostar de Opalas

Ainda quando moleque, comecei a curtir musica, ficava um tempão ouvindo um cd da Legião Urbana, gostava muito da musica “Dezesseis”, pois falava de um “Jhony do Opala Azul metálico”...
Resumindo.....pedi pro meu pai que carro era o tal do Opala que ele falava na musica, e um dia por acaso ele apontou pro Diplomata de um vizinho (pai do meu atual mecânico) que estava saindo da garagem e disse: “Esse ai é o Opala....”. Na hora eu já disse: “Eu quero um Opala azul metálico quando eu crescer!” ele e minha mãe deram risada e disseram pra comprar um posto de gasolina junto...
Passou muito tempo e eu sempre falando que queria um Opala Azul.....e eles continuaram rindo.....
Um dia indo para a praia com o Santana 1.8 a gasolina, comprado 0km pelo meu pai, estávamos a uns 160km/h e do nada apareceu um Opala, acho que um 87 ou 88, colou na traseira, deu sinal e abriu pra ultrapassar, meu pai puto da vida acelerou no fundo, e mesmo assim o Opala nos passou e simplesmente e sumiu na nossa frente, meu pai louco de raiva xingando: “essas merda de Opala, deve ser dono de posto...etc” e eu no banco de trás me rachando de rir e dizendo: “isso que é motor! Eu quero um desses quando eu puder dirigir!” quando o Opala passou ao nosso lado não pude deixar de reparar no emblema 4.1 na traseira dele......
Esse foi um marco importante para os Opalas se tornarem parte integrante da minha vida, comecei a pesquisar, procurar entender um pouco sobre ele, com 16 anos e trabalhando resolvi comprar meu primeiro carro, eu queria um Opala, mais meu pai não deixou, disse que seu eu quisesse Opala que eu fizesse 18 anos e comprasse com o meu dinheiro, pois esse primeiro carro seria pago a vista por ele e eu pagaria em parcelas o valor a ele.
Dito e feito, eu sai à procura de um carro, acabamos fazendo negocio com um Gol 1990, 1.6 CHT......fiquei com ele até os 18 anos, um mês depois de completar 18 anos comprei o Opala ainda caindo aos pedaços e vendi o Gol que tinha deixado praticamente zerado de tão bem cuidado.......mas não me arrependo nem um pouco de ter o feito, esse é meu primeiro Opala, e se Deus quiser não será o ultimo e nem o único."

“Se você não tem capacidade de realizar seus sonhos não critique o fato de eu querer realizar os meus!” (Jhony R.)

Vão as fotos do processo de restauração:






No guincho, no dia da compra




Oque servia para necessidades de patos, agora terá um novo destino


Com uma grade dos modelos mais novos muito bem (mal) adaptada



Após um bom banho, já melhorava


Realmente o interior não era dos melhores


Os quarto cilíndros que no futuro receberiam um "trato".


Já sem a mecánica, preparando para a funilaria

Desmontado, já no latoeiro.

Motor retirado e lavado.


Motor já pintado.



















Peças, as que não são novas foram devidamente restauradas.


Concerteza quando estiver pronto teremos esse belo exemplar como opala do mês aqui em nosso blog.


Por Christian Anton

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Opaleiro da semana

Vai aqui a história do nosso amigo Dumont, uma triste história e que ele mesmo narra...

Vou deixar uma triste história para registro no Blog da comunidade.

Era uma vez um opaleiro que estava de namorada nova (minha atual esposa)quando em um feriado de páscoa, acho que lá pelos idos de 1996/97, resolveu fazer uma "preza", pois naquela época eu tava grandão.
Vou levar minha namorada nesse feriado lá para praia do Cassino curtir um bom hotel!!!!
Essa praia fica ao sul do estado do rio grande do sul, aproximadamente uns 170Km da divisa do Uruguai.
Peguei o opalão, um comodoro 85 2p 4cc álcool- prata, enchí o tanque, conferí os óleos, freios, etc etc..... em suma..... toda conferência básica para pegar a estrada.
Busquei a namorada e me mandei....
Chegando lá, ouvi a galera local falar sobre uma tal de "praia do barco" onde tem um barco encalhado bem perto da areia. Essa praia fica +- uns 60 Km do Cassino indo pela beira do mar.
Só esqueceram de me dizer que tinha chovido muito dias antes da nossa chegada. Tambem não me falaram que, devido à proximidade com a lagoa dos patos, a areia da praia fica muito mole e com "sumidouros" ou "areia movediça" como achar melhor....
Moral da história : Metí meu opala lá e me dei mau.... Quando senti que a coisa tava ficando preta, fiz a volta e tentei retornar o mais rápido possível.
Metí uma terceira a quase 4.000 giros e o carro parecia "colar" no chão.... sentí o giro caindo e bateu o desespero..... tinha quase certeza que se tivesse que reduzir para segunda ele ia dar pau !!!!! Nessa hora senti muita falta de um 6cc.
Não deu outra.... o giro foi caindo.... caindo.....caindo..... e quando fui trocar para 2ª ele atolou....
E pior..... bem perto dágua.....
Acho que nessa hora a minha namorada realmente se habilitou a esposa, porque não pensou duas vezes e disse para mim ir cuidando do carro que ela ia buscar ajuda.
Pensei " Que ajuda???" tamo no meio do nada... sem uma alma viva por perto nos próximos 3 ou 5Km..
Ela disse:" Não interessa".... vou achar alguém.... e lá se foi ela correndo praia a fora, (isso que é mulher) enquanto eu ia tirando as coisas de valores que tinha dentro do carro..... e só vendo a água bater......
Quando veio uma onda que passou por cima do porta malas pensei : " agora ferrou"!!!!
Depois de +- umas 3 horas de preocupação com a namorada e o carro, ela apareceu com 3 pescadores numa rural a gás de cozinha e conseguimos tirar o bixo de lá.....
Mas.... o opalão não saiu "ileso" dessa....
Infelizmente ele tomou um banho de sal....
Cara..... mandei lavar trocentas vezes mas não adiantava..... cada volta que eu dava com ele com as janelas abertas, fazendo rebolo de ar, o console do meio ficava branco de sal..... Rapidinho começou a estourar os podres, nas beiras dos vidros, por dentro do porta malas, no assoalho, no baú do motor...... ou seja.... o carro tava se desintegrando...
Tive que vender.......
Mas meu flecha prateada nunca me deixou na mão.... até nas horas mais difíceis.... inclusive para assaltar empresas e servir de carro de fuga quando foi roubado....nem os ladrões ele deixou na mão !!!!! Se pudesse deixava ele num canto com todo carinho para ter uma morte digna sob meus cuidados.... mas não deu..... tive que vender.....
Em suma...
Essa foi a triste história do fim de mais um Opala.
Abraços
Dumont

Mas hoje ele é dono de uma linda Caravan Comodoro 87....

Quer ter sua história ou fotos de seu Opala publicados?
espiritodosopalas@hotmail.com

Modelos raros e especiais

Entre os 23 anos de fabricação do Opala surgiram várias versões raras e especiais que hoje estão nas mãos dos melhores colecionadores, citamos alguns então:

Opala Chateau

Foi uma serie especial que tinha seu interior na cor Chateau e a cor predominante era o vinho. Essa série era exclusiva da versão mais luxuosa e teve um relançamento no ano de 1988 na linha diplomata.


Collectors 1992 (oficial GM)


Série especial comemorativa ao encerramento da produção do Opala em 92. Foram produzidos apenas 100 unidades deste modelo. Externamente, não haviam diferenças com relação aos outros Diplomatas do mesmo ano, com excessão da plaqueta com a inscrição "DIPLOMATA SE" em dourado nos paralamas. Eram oferecidos em apenas três cores: Vermelho Ciprius, Azul Milos e Preto Memphis. Não haviam alterações mecânicas e o câmbio automatico ZF alemão, de quatro velocidades, era item de série. Internamente, a única diferença ficava por conta da inscrição "COLLECTORS" em dourado no centro do volante. Os bancos eram de veludo e o acabamento de forra de portas também. Os itens de conforto permaneciam os mesmos de toda linha Diplomata. O comprador deste modelo, na época, recebia uma pasta em couro com a inscrição "COLLECTORS", onde vinha um relógio, caneta, chaveiro um Filme em VHS com a história do Opala e uma carta de apresentação do modelo com congratulações referentes à aquisição do modelo.


Opala Executivo

O Executivo foi uma tentativa de arrebanhar os consumidores mais exigentes e que gostavam de espaço interno.








Silver Star 1982 e 1983 (oficial GM)

Era uma versão basica do Opala 2 portas pintada em Prata Lunar e as rodas da mesma cor. Usava um motor 151-S de 80HP e cambio de 4 velocidades. O interior era completamente Cinza e simples.










Opala Águia 1972

Estudo do Departamento de estilo da General Motors dos Brasil mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo de 1972. O Opala "Águia" (nome não oficial) tinha características esportivas evidenciadas pelo tratamento frontal agressivo, pára-choques pretos, rodas de magnésio e a águia de asas abertas pintada sobre o capô, elemento emprestado dos modelos Pontiac dos Estados Unidos

Opala E 1973/1984

Além de Spoilers saias e rodas raly, o motor tambem recebia um trato ficando um pouco mais bravo.









Opala Summer

A estrutura recebia um reforço em sua base e rodas de liga leve, grade esportiva e capota de lona.


Diplomata 1978/1979

O Diplomata 1979, nas versões Coupé e Sedan, foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 1978, sucedendo o Comodoro como o modelo mais luxuoso da linha Opala. Em geral, apresentava o mesmo estilo básico lançado com a linha Opala 1975. Externamente, as maiores diferenças em relação às versões Opala e Comodoro residiam na grade em plástico cinza-dourado/cinza-prateado, e nas novas rodas de liga leve.
Poucas unidades do Diplomata 1979 teriam sido montadas - apenas 8 em 1978. A GM logo suspenderia a produção do modelo que dizem - fora causada por defeitos nas rodas especiais fornecidas à montadora. Outra possibilidade seria a decisão da GM de lançar esta versão mais luxuosa juntamente com toda a linha Opala 1980, que viria a receber alterações estéticas mais profundas.


fonte:http://www.alagoasopalaclub.com/?opala-e-suas-series-especiais,101

sábado, 18 de outubro de 2008

As diferenças entre os modelos-linha do tempo

Oque normalmente ocorre entre os opaleiros são dúvidas em relações a detalhes e modelos, então para esclarecer um pouco vão aí as diferenças entre os modelos, de 1969 á 92

linha 69-70

-Tinha grades "finas" e com um emblema "chevrolet" no lado esquerdo;
-Possuia calotas diferenciadas dos modelos mais novos;
-Apenas na versão 4 portas.
-O bow tie vinha acima na grande, era um emblema verde, com a gravatinha dourada dentro;
-A versão standart vinha sem o rádio e relógio eletrônico, já a versão de luxo vinha com esses itens;
-O emblema 3800 e 2500 ficava no pára-lama esquerdo e o "Opala" ficava quase junto a lanterna traseira, no lado esquerdo também;
-A versão 2500 tinha potência bruta de 80 cv a 4500 rpm, chegava aos 165,7 km/h e acelerava de 0-100 em 13,3s
-A versão de 6 cilíndros 3800 tinha uma potência bruta de 125 cv, chegava a 182,6 km/h e acelerava de 0-100 em 11,9s



Linha 71-74

Ocorrem muitas inovações nesses modelos, o Opala ganhava a versão Coupé, SS e Gran luxo

-O SS tinha grandes diferencianis como: rodas esportivas de aro 14, volante em madeira com 3 raios e "SS" escrito no botão da buzina,conta-giros no painel, relógio elétrico no console, cambio com 4 marchas no assoalho, desembaçador nos pára-brisas,diferencial auto blocante, bancos individuais e opção de ar-condicionado e rádio.
-Disponível em 71 apenas na versão 4 portas e a partir de 72 apenas na versão Coupé











-O gran-luxo tambem vinha com a opção do rádio e ar-condicionado
-Tinha uma grade diferenciada com o bow-tie em um emblema vermelho,
-Tinha um embema "Gran luxo" nos pára-lamas.









Nessa linha ainda tínhamos o modelos "Especial", que era a opção standart da linha.


Linha 74-80

Ocorre a primeira reestilização do Opala e o motor 4 cilíndros vinha com 90cv.

Entre as mudanças estéticas oque mais chama a atenção são:

-Capô com víncos acentuados;
-Nova grade;
-Lanternas traseiras redondas duplas.

É nesse ano que surge a luxuosa versão Camodoro e a Caravan, o Comodoro contava com ítens como: ar-condicionado, cambio automático e direção hidráulica, e a Caravan contava com um porta-malas de 380 lítros










A linha Opala/Carava ainda contava com a linha "De luxo" que era a versão standart da época.




Em 1976 o Cupé ganha a versão 250-S com um carburador de corpo duplo e ainda nessa época é introduzido o câmbio overdrive, que contava com uma 4ª marcha mais longa diminuindo o consumo e combustível.

Em 1976 tambem o comodoro ganha a versão 4 cilíndros, em contra partida os ítens antes oferecidos de série são opcionais.

Em 78 a Caravan ganha a versão SS, que contava com faróis auxiliares, retrovisores esportivos da cor do veículo e as famosas faixas pretas.


Linha 80-84

Ocorre a 3ª estilização do Opala, surgem as lanternas quadradas e a mais nova sensação, o "Diplomata" que trazia direção hidráulica, ar-condicionado e interior em courvin de série, a Caravan era vendida apenas na versão comodoro.

















Em 1980 o SS sai de linha, nesse ultimo modelo trazia faixas laterais pretas e pára-choque na cor do veículo.


Até 1982 o Opala ainda tinha o interior igual á antiga versão e apartir de 82 trazia um interior diferenciado, mais moderno.

1982 também fica marcado pela entrada do cámbio 5 marchas para o 4cc e pela série silverstar que contava com cores exclusicas, azul e verde metálicos para o acabamento interno.

Linha 1985-87

Surge a Caravan Diplomata, com farois auxiliares e as lanternas traseiras que antes eram em duas cores passam a ser 3 cores, o Comodoro não recebe essas lanternas auxiliares mas ganha nova grade e um visual mais "limpo"











Surge tambem o 6 cilíndros alcool, novas maçanetas, rodas diferenciadas para cada modelo, volante e painel com poucas mudanças e bancos mais confortáveis.


Em 1985 tambem surge como opcional a pintura saia e blusa (dois tons) e retrovisores mais modernos.


Linha 1988-90

O Opala dá adeus a versão Coupé e surgem novos faróis com formato trapezoidal, volantes de três raios e direção escamotável.











As lanternas trazeiras também sofre mudanças e entre as lanternas traseiras temos uma extenção.

Uma curiosidade tambem foi os motores 250-S que foi disponibilizado apenas sob encomenda, era um modelo almão diferente das versões anteriores.

Linha 1991-92

O mito sai de linha, mas ainda teve fôlego para inovações, com pára-choques envolventes, novo volante e câmbio 5 marchas para a versão de 6 cilíndros.









Antes de sair de linha o Diplomata ganha a versão Collectors,foram 100 unidades nas cores azul milos vermelho ciprius e preto menphis acompanhava uma fita de video uma revista com a historia do opala e uma pasta em couro na qual vinha uma relogio caneta chaveiro e uma carta de apresentação do veiculo
o documento assinado por Richars Wagooner e André Beer presidente e vice presidente da gm do brasil


O Opala saía do mercado com 1.000.000 de unidades fabricadas...


Por: Christian Anton
0paladiplomata@bol.com.br