domingo, 11 de janeiro de 2009

Regulagem completa do motor.

A regulagem completa do motor torna-se necessária quando se realiza reforma total ou parcial, quando se notar funcionamento irregular ou depois de determinados períodos de quilometragem.

Os itens a serem revisados são o seguinte:

VERIFICAÇÃO DA COMPRESSÃO

Ponha o motor e funcionamento até que atinja sua temperatura normal de trabalho.

Verifique a carga da bateria e a rotação do motor de partida, se esta dentro das especificações.

Retire o fitro de ar e trave o acelerador na posição completamente aberta.

O afogador deve estar na posição vertical, de descanso.

Retire as velas, limpando anteriormente os alojamentos com ar comprimido, a fim de evitar a penetração de partículas de terra no interior das câmaras de combustão.

Verifique se os tuchos estão bem regulados.

Verifique a tensão da correia do ventilador.

Aplique no orifício das velas o medidor de compressão, e acione o motor de partida até obter a compressão máxima. O aparelho deve ficar bem empurrado no orifício da vela.

Proceda do mesmo modo em todos os cilindros, anotando os resultados obtidos. A pressão especificada é de 9,140kg/cm2 (130lb/pol2), com a tolerância máxima de 0,700kg/cm2 (10 lb/pol2) para mais ou para menos.

Se a leitura obtidas apresentarem diferenças superiores a tolerância, despeje em cada cilindro uma colher de sopa de óleo de motor SAE e maça novamente a compressão. Se a pressão obtida no novo teste se mantém a mesma ou apresenta ligeira diferença, a falha deve ser proveniente das válvulas. No entanto, se a pressão aumentar de modo considerável é indício de aumento de folga entre os anéis de segmento e as paredes dos cilindros, cilindros desgastados e ovalizados, no caso de motores com alta kilometragem.

Quando dois cilindros adjacentes apresentam pressão muito baixa ou quase nula, a falha é devido ao rompimento da junta do cabeçote. Se a junta estiver em mau estado em toda a sua estrututa, a leitura será baixa em todos os cilindros, o que só pode ocorrer em motores com quilometragem muito alta. Em tal caso, o motor apresenta baixo rendimento e falhas constantes.

DEFEITOS NO MOTOR E SISTEMAS AUXÍLIARES

O motor não pega

Sistema de ignição - Verifique primeiramente se o sistema está em ordem, fazendo a prova de centelha. Retire o cabo de alta tensão do centro da tampa do distribuidor e aproxime-a a cerca de 5mm. de uma parte metálica do motor, longe do carburador. Outra pessoa aciona o motor. Se o sistema estiver em ordem, devem saltar centelhas entre a ponta do cabo e o motor, fica comprovado que o rotor e a tampa do distribuidor estão perfeitos. Estando perfeito o sistema de ignição, o que ficou comprovado pela prova de centelha, o defeito se localiza no sistema de alimentação, excluindo-se a probabilidade remota de quebra de partes internas. (árvore de manivelas, engrenagem de comando ou do distribuidor).

Se nao ocorrer a centelha na prova citada, o sistema de ignição está com alguma falha, interrupção, curto-circuito ou outro defeito. Para comprovar se a corrente está chegando até a bobina, desligue o cabo do terminal positivo da bobina e arraste-o levemente em uma parte metálica; ocorrendo centelhamento, a corrente está chegando até a bobina e se não houver centelhamento, o cabo da bobina à chave está interrompido, ou a chave defeituosa. A seguir retire a tampa do distribuidor e estando a chave ligada e os platinados unidos, separe-os com uma chave de fenda. Havendo leve centelhamento fica comprovado que a bobina está perfeita. Em caso contrário, isto é, se a corrente está chegando até a bobina e não chega até os platinados, a bobina está defeituosa.

Os platinados, por sua árdua função, constituem a parte mais sensível a defeitos e devem merecer especial atenção. Verifique e calibre a abertura como está descrito no capítulo "Sistema de ignição".

Verifique todas as conexões do sistema e a tampa do distribuidor, se tem os contatos metálicos internos em bom estado. Essas falhas podem dificultar a partida, mas não impedi-la por completo.

Verifique também o condensador, que pode estar em curto circuito.

Sistema de alimentação - Se o sistema de ignição está perfeito e se o motor se recusa a funcionar, o defeito se encontra no sistema de alimentação.

1 - Defeitos na bomba de gasolina - Desligue a conexão do tubo de pressão.no carburador. Coloque uma estopa na extremidade do tudo e acione o motor durante alguns segundos - a gasolina deve ser debitada em jatos regulares. Em caso negativo, a bomba está defeituosa ou há obstrução nocano de pressão (que liga a bomba ao carburador) ou no tubo de aspiração,(que traz a gasolina do tanque), casos rarissimos. Os defeitos mais prováveisse localizam no diafragma e nas válvulas da bomba.

2 - Defeitos do carburador - Os defeitos no carburador que podem impedir por completo a partida são os seguintes:

Afogamento - Provocado por defeito na agulha da bóia, que não veda de modo efetivo a entrada da gasolina.

Obstrução dos gargulantes e passagens internas - Retire os gargulantes e limpe-os unicamente por sopro (nunca use arame). Permanecendo o defeito, desmonte o carburador para limpeza das passagens internas, embora a obstrução desss passagens seja rara possibilidade.

Borboleta do acelerador emperrada - Verifique e corrija.

Partida difícil a frio

1 - Falta de habilidade do motorista - afogamento

2 - Borboleta do afogador fechando mal - verifique o curso da haste e o cabo de comando.

3 - Bomba de gasolina com defeito (válvula ou diafragma defeituosos)

4 - Filtro de gasolina parcialmente obstruído.


5 - Válvula de agulha da boia presa.

6 - Bomba de aceleração do carburador defeituosa.

7 - Entrada de ar "falsa" entre o carburador e o flange do coletor de admissão ou pela tomada de sucção, ou nos mancais do eixo da borboleta.

Partida difícil a quente

1 - Falta de habilidade do motorista - afogamento, denunciado pelo forte cheiro de gasolina. Espere alguns minutos e dê partida com o acelerador totalmente calcado, sem bombear no pedal.

2 - Nível da cuba de nível constante variando.

3 - Válvula de agulha da bóia vedando mal ou emperrada.

4 - Filtro de gasolina parcialmente obstruídos

5 - Gargulante de marcha-lenta obstruído.

6 - Válvula de marcha rápida presa.

7 - Canais de marcha-lenta sujos ou obstruídos.

8 - Filtro de ar muito sujo.

Funcionamento irregular na marcha-lenta

1 - Marcha-lenta mal regulada.

2 - Gargulante de marcha-lenta parcialmente obstruído.

3 - Canais de circuito de marcha-lenta parcialmente obstruídos.

4 - Válvula de ventilação do cárter obstuída.

5 - Bomba de gasolina defeituosa

6 - Entrada de ar "falsa" entre as prtes do carburador entre este e o coletor de admissão.

7 - Defeitos no sistema de ignição (velas sujas...platinados descalibrados...ignição fora de ponto).

8 - Compressão desigual entre os cilindros (válvulas fechando mal...junta do cabeçote defeituosa...anéis de segmento gastos ou partidos).

Aceleração deficiente

1 - Bomba de aceleração defeituosa (se o carburador for da marca Solex, substitua o diafragma e verifique o gargulante. Se for DFV, retire a tampa e verifique a válvula).

2 - Válvula de marcha rápida presa.

3 - Parafuso de regulagem da mistura mal regulado.

4 - Defeitos no sistema de ignição (velas sujas...platinados descalibrados...ignição fora de ponto).

5 - Baixa compressão (válvulas fechando mal...junta docabeçote defeituosa...anéis de segmento gastos ou partidos).

Falta de força

1 - Baixa compressão (válvulas fechando mal...junta docabeçote defeituosa...anéis de segmento gastos ou partidos).

2 - Defeitos na ignição (velas sujas...platinados descalibrados... ignução fora de ponto).

3 - Mistura muito "pobre" - carburador mal regulado, sujo internamente. Entupimento parcial dos canais internos, água em mistura com a gasolina. Bomba de gasolina falhando.

4 - Filtro de ar sujo, abafador parcialmente fechado.

Detonação ou pré ignição "Batida de pinos"

1 - Motor fora de onto de ignição

2 - Gasolina de má qualidade

3 - Coletor de admissão super aquecido - válvula de pré aquecimento emperrada.

4 - Defeitos diversos no sistema de ignição (cabos...velas...fios...platinados).

5 - Carburação defeituosa, mistura pobre, sujeira nas linhas ou nos canais internos, falsas entradas de ar).

6 - Defeitos nas válvulas - válvulas desreguladas, coladas, válvulas de escapemento super aquecidas, molas fracas.

7 - Anormalidades no cabeçote - excesso de carvão nas câmaras de combustão, junta do cabeçote em mal estado, entupimento das passagens de água e consequente super aquecimento das câmaras de combustão.

Super aquecimento do motor

1 - Correia do ventilador parida ou com tensão insuficiente.

2 - Termostato defeituoso, permanecendo na posição fechada.

3 - Bomba d'água defeituosa

4 - Entupimento do sistema de arrefecimento - radiador parcialmente
obstruido.

5 - Ignição fora de ponto.

6 - Válvula de pré aquecimento emperrada ou defeituosa.

7 - Afogador puxado, depois do motor já aquecido.

8 - Freios muito justos, embreagem patinando.

O motor demora a atingir a temperatura de funcionamento.

1 - Termostato defeituoso, inoperante.

2 - Válvula de controle de temperatura inoperante.

Consumo excessivo de óleo

! - Altas velocidades.

2 - Vazamentos diversos (bujão de drenagem mal apertado, junta do carter em mal estado, parafusos do carter frouxos, junta do carter das engrenagens da distribuição estragada, parafusos da tampa frouxos, junta da tampa superior em mal estado, afrouxamento da bomba de gasolina, vedador do carter das engrenagens estragado, vazamento pelo mancal posterior para a carcaça do volante do motor.

3 - Entupimento das passagens de retorno do óleo do carter das engrenagens para o carter do motor, dando lugar a vazamento no cubo da polia do ventilador na árvore de manivelas.

4 - Queima de óleo (anéis de segmento gastos ou partidos, ou colados nas canaletas, orifícios do anel de controle de óleo obstruídos, paredes dos cilindros desgastadas, ovalizadas, corroidas, folga excessiva entre o êmbolo e as paredes dos cilindros.

Consumo excessivo de gasolina.

1 - Maus hábitos do motorista (acelerações rápidas e desnecessárias; permanência durante muito tempo nas marchas baixas sem necessidade; acelerar com violência e freiar logo a seguir; manter o motor acelerado, a marcha engrenada e o pedal da embreagem acionado, aguardando a
passagem do sinal.

2 - Abafador (afogador) parcialmente fechado.

3 - Filtro de ar muito sujo.

4 - Defeitos no mecanismo da bóia ( bóia furada, nível muit alto, válvula do estilete vazando ou presa).
5 - Carburador mal regulado.
6 - Válvula de ventilação do carter presa.

fonte: http://www.opala.com/forum/

8 comentários:

Unknown disse...

Alguem sabe informar as medidas originais das válvulas de escape e de admissão do cabeçote do Opala??

Unknown disse...

gostaria de saberquais sao os numeros da alta e da baixa no carburador weber simples

Anônimo disse...

cara as informaçao sao muitos boas mas para quem tem conhecimento pois ser com fotos ficaria bem mas facio pois os leigo sofrem ...

Reginaldo Carvalho disse...

Muito bom seu blog, comprei um opala me apaoxonei tanto, que um amigo e eu, vamos pegar mais algun para mexer temos peças para vender tambem abraço e parabens

Unknown disse...

Gostei muito dos esclarecimentos, parabéns.

Unknown disse...

Boa tarde tenho um diplomata 4.1/S gasolina e ele está secando a Cuba em alta já troquei bóia agulha bomba de combustível e não vai e um 3z de carburador queria uma ajuda se possível pelo email Carlosomega4.1@gmail.com

Unknown disse...

Bom dia galera tô com uma caravan 86 restaurando parei ela tava tudo funcionando 4 meses depois nao que pegar roda tudo mais o motor nao dispara oque deve ser

Unknown disse...

Bom dia, as informações são de 2009, e depois de 10 ainda esta ajudando, muito obrigado!!!